sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Quantos anos de blog? E eu continuo querendo fugir. Quero me mudar de MIM !!!

Desde que parei de escrever, vivo transbordando.
Logo eu, que sempre preferi ficar sozinha com os meus pensamentos, observando e descobrindo detalhes que as outras pessoas ignoram enquanto conversam sobre aquela viagem, aquela brisa, ou aquela pinga. Porque as minhas histórias desse tipo são poucas. Dá pra contar nos dedos. Cansou fácil. Conforme você cresce, fica mais difícil lidar com as consequências do que o corpo faz quando fica embriagado. Pelo menos com o meu, foi assim.
Pra onde foram os humanos? Onde estão os humanos parecidos comigo, pra eu me juntar? Ficou tão escasso o contato. Mesmo desempregada, mesmo os poucos amigos, também desempregados, fica cada dia mais complicado o simples evento de juntar uns amigos e ficar tagarelando.
Mesmo com esse mundo enorme me envolvendo, ainda me sinto sozinha.
Ando num estado, que olha... Seja qual for o assunto, não demora, eu começo a chorar.
A crise financeira, que hoje em dia não atinge mais apenas os bancários ou gente de muita grana, atinge até o meu cachorro, que tem que comer a ração mais barata. Me dá vontade de chorar. Meu cachorro é tão legal, ele merecia petiscos, brinquedos novos. Mas tá foda. Até pra ele.
O preconceito, o ódio espalhado entre a gente, pelo mundo inteiro. Puta, esse me dá vontade de chorar baldes. Nem preciso justificar.
A pessoa que eu amo vai embora, por esses motivos. Por dinheiro, preconceito e ódio. Só eu sei o quanto eu já chorei por esse tópico. E só Deus sabe quanto eu ainda vou chorar.
Ai eu penso em fazer coisas pra ajudar as pessoas e serem melhores e assim ajudar o mundo. E aí entra a parte complicada pra mim, e tudo volta pro começo. Não sei lidar com pessoas. Não sei falar de um jeito que elas entendam. Tenho a sensação de que eu falo, falo, falo, e é como se eu estivesse muda. Ninguém ouve. Ninguém absorve NADA. Nem pro mal, nem pro bem.
Não consigo me decidir, não sei o que escolher pra vida. Não sei como fazer o cara da entrevista de emprego gostar de mim. Não sei onde por as mãos nem como sorrir bonito pra pessoa me achar simpática e não "tímida demais para o tipo de trabalho da minha empresa". Cara, isso dá MUITA vontade de chorar.
Como eu disse, o contato humano, principalmente com um humano que se importe com o que você sente, e não com a quantia que traz no bolso, está muito escasso. Então quando eu encontro alguém apto, como um zumbi, toda seca, com as pernas doendo de tristeza, eu ESPANTO a pobre criatura. Porque eu só quero chorar, depois conversar muito e achar uma solução pra qualquer coisa. Pro meu problema ou pros dela. Qualquer um é lucro.
Gente eu choro tanto que eu já tive que operar o olho direito, porque uma glândula lacrimal entupiu.
É o cúmulo da pseudo-solidão. Um mundo de exageros, de multidões, e nada.
"Praia cheia, em mim tudo vazio."

Preciso mudar o mundo. Antes que meus olhos se mudem de mim, cansados das inundações.

Um comentário:

Anônimo disse...

pretty nice blog, following :)